"O NOSSO JARDIM"
Amigos deixa que lhe descreva,
O jardim de Manduri, e toda sua beleza,
É a mais linda praça, que, eu já vi,
Nesta redondeza,
Tem um guarda sol castanha de praia,
Um frondoso pé de jaca,
Aonde as avezinhas vem anunciar sua serenata,
A passarada vem em bando mais de mil,
Na jaqueira vem chegando, de galho em galho pulando,
E depois descansar pra dormir;
E quando vem a madrugada,
Novamente a passarada,
Se põe a gorjear,
Anunciando a alvorada,
Um novo dia esta para chegar,
E ali ficam na brincadeira,
Saindo e voltando na jaqueira,
E depois novamente revoando, -
Alguns alimentos procurando,
Para se alimentar.
Senhores, senhoras, jovens, crianças e velhinhos,
Vem sentar se na mureta,
Ouvir o gorjear dos passarinhos,
Na sombra da jaqueira,
Deliciosa e fresca,
E ver lindas flores de espatodias,
E as nuvens esvoaçar, em formato de véu,
E as palmeiras com suas lindas folhas
Acenando, para o céu;
A beira dos lindos canteiros,
Tem bancos doados pelo povo,
Calçado por lindas pedrinhas
Entre arbustos de buchinhas,
Um pedestal simbólico fogo.
Tem sibipiruna, cácia imperial,
Manduriana piracanta,
Uma forte sem igual,
A mais linda planta,
Abrigou Jesus quando criança,
E a árvore de Natal.
Tem um pé de primavera,
Uma porta aberta a nossa espera,
É a mais linda topografia,
O poeta se inspira, para a poesia,
Tem pé de framboaim e lindo pé de ipê,
Quando chega a tardezinha
Na hora bem ser tinha,
Ele esta a espera por você,
Cercados por floridas azaléias
Lindos verdejantes canteiros,
Aonde as avezinhas gorjeiam,
Frondosos majestosos coqueiros,
Plantinhas pequeninas tem um colosso
E outras grandes que seu nome desconheço,
Tem postes muitos altos, e quebra luzes
Em formato de chapéu,
Clareando no alto o cruzeiro,
Mostrando o caminho do céu.
Tem sibipirunas, hibiscos, cássias mimosas,
Flores brancas outras vermelhas cor de rosas,
E muitas árvores frondosas,
Ao dia a deliciosa sombra, a noite os namorados
Se abrigam do sereno na mais linda penumbra,
Ali dá para ouvir o soar das abelhinhas,
Quando a quaresmeira floresce,
E o gorjear das avezinhas,
E os acordes dos sinos chamando para prece,
Já estava chegando o fim do dia,
Eu matutando versos de poesia,
Em um banco encostado pensando no meu bem,
Porque será que ela não vem,
No banco me adormeço,
Em sonho para mim ela esta vindo,
Com seu sorriso tão lindo,
Acenando seu lenço branco,
De repente com sua voz me desperto
Ela de mim esta bem perto
Sentada no mesmo banco
Autoria: José Valdrighi
Nenhum comentário:
Postar um comentário